segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Drama de Ana Carolina Reston


Esta jovem foi apenas uma de entre as várias jovens brasileiras que morreram vitimas de distúrbios alimentares e cuja morte foi noticiada pelo mundo inteiro. A Ana Carolina era modelo, muito bonita e elegante, mas que não se sentia bem no corpo que tinha e foi impondo cada vez mais restrições alimentares até o seu organismo atingir o limite.
O Brasil e o mundo ficaram chocados quando em Novembro de 2006 foi anunciada a sua morte, provocada por uma paragem cardio-respiratória, devido a uma infecção generalizada que o seu estado anoréctico e bulimico lhe causaram.
Aos 21 anos, Ana Carolina teve que ser internada quando a doença já lhe tinha traçado o destino final. Entrou num hospital público com apenas 40 Kg, media 1,74mt e o valor do seu IMC era de 13,21 (os valores normais situam-se entre 18,5 e 24,9).
A modelo estava com uma infecção urinária que se transformou numa insuficiência renal e num mês evoluiu para uma infecção generalizada (septicemia).
A jovem sempre foi magra, mas a profissão que escolheu fez com que se entregasse ao excesso de cuidados e à privação alimentar. Mas também é importante dizer que há pessoas que conheceram a Ana Carolina e que dizem que em determinados momentos a modelo se viu obrigada a passar fome durante a sua estadia no estrangeiro, por motivos financeiros.
Em 2005, a jovem teve que ser internada no Japão, onde estava a trabalhar. A sua magreza excessiva debilitou-a bastante, mas a modelo continuava a resistir e a deixar que a doença se prolongasse para que não lhe fossem retirados eventuais trabalhos. Uma parte do dinheiro que Ana Carolina ganhava era para ajudar a família, de origens humildes.
A modelo ainda decidiu iniciar um tratamento psiquiátrico mas faltou várias vezes às consultas com medo de perder trabalho. Nos últimos meses antes de morrer, a sua dieta alimentar baseava-se exclusivamente em tomate e maçãs e tomava ainda comprimidos inibidores de apetite. Mas na fase final da doença, Ana Carolina já não conseguia aguentar nada no estômago.
Ainda teve um momento de recuperação no hospital que lhe deu esperança – a ela e às pessoas que a rodeavam. No entanto, a insuficiência renal que tinha feito com que ela desse entrada no hospital agravou-se e acabou por originar uma infecção generalizada no organismo.
Aos 21 anos de idade, Ana Carolina Reston deixou-se vencer pela anorexia e pela bulimia.

Semana de Moda de Madrid veta a participação de modelos muito magras

A moda espanhola "revoluciona", mas desta vez fora das passarelas e diz não às modelos de aparência nitidamente "anoréxica", rejeitadas na seleção prévia para a tradicional semana de moda de Madrid, a Pasarela Cibeleso que ocorrerá entre 18 e 22 de Setembro.Essas modelos foram consideradas um mau exemplo para muitas adolescentes e mulheres. A semana de moda de Madrid, é a "pioneira" nesta luta para evitar maus exemplos às jovens mulheres, pra isso, na pré-seleção do casting de modelos que irão participar do evento, foram eliminadas as muito magras de aparência “anoréxica”.O anúncio foi feito pela vice-conselheira para a Economia e a inovação tecnológica da comunidade de Madri Concha Guerra. Ela destacou que esta será a primeira vez que um desfile de moda internacional proíbe modelos anoréxicas de pisar na passarela.Concha apontou que pela primeira vez em um desfile internacional, com data marcada para 18 e 22 de setembro, modelos com um índice de massa corporal (IMC) inferior a 18, o que equivale a uma mulher de 1,75 centímetros de altura e que pese 56 quilos não foram aprovadas e por isso não poderão desfilar nas passarelas.


Fonte: Madri (ANSA)

Descoberto gene relacionado à Anorexia

Os pesquisadores descobriram um tipo de gene relacionado com o controle do apetite que é mais freqüentemente encontrado em pacientes anoréxicos, este é um indicio de que certos distúrbios do estimulo cerebral relacionados a ingestão de alimentos pode contribuir para as desordens do apetite.
É a primeira vez que se identificou um gene relacionado com a anorexia, embora os pesquisadores saibam há vários anos que as probabilidades de que alguém padeça de um distúrbio alimentar depende em parte da genética.
O estudo realizado por pesquisadores da Alemanha e da Holanda descobriu que 11% dos anoréxicos possuem um variante de uma gene relacionado com o apetite, e que essa variante parece afetar a capacidade do cérebro de estimular o apetite. Em contrapartida, somente 4,5% das pessoas sem anorexia possuem esta variante.
O estudo comparou 145 pacientes com anorexia com 244 pessoas sem a doença,e, concluiu que a existência da variante genética mais que duplica as possibilidades de uma pessoa sofre de anorexia.
O resultado do estudo sugere que uma substancia capaz de reproduzir os efeitos do gene original poderia permitir aos anoréxicos recuperarem o seu apetite.
O estudo foi publicado na edição de maio da revista Psiquiatria Molecular.
O gene descoberto não é o único envolvido na doença. Os investigadores acreditam que muitos genes colaboram com os fatores ambientais que ocasionam desordens no apetite.
Segundo Walter Kaye, psiquiatra da Universidade de Pittsburg, estes estudos podem contribuir para explicar porque uma pequena proporção de pessoas sofrem de problemas de apetite, mas que não podem explicar todos os distúrbios alimentares.


Fonte: ASSOCIETED PRESS

10% dos doentes de Anorexia morrem

Aproximadamente 1% das adolescentes sofrem e anorexia, aproximadamente 60% conseguem superar a doença, outros 30% dos casos se tornam crônicos e 10% morrem, segundo dados fornecidos na apresentação das Jornadas Autônomas sobre Anorexia e Bulimia Nervosa, que se realizaram na Câmera de Comércio de Castellón na Espanha.
As Jornadas, organizadas pelo Colégio de Enfermaria de Castellón, contaram com a participação de profissionais que analisaram as causas e tratamentos destes distúrbios alimentares. O objetivo principal consiste em conscientizar a sociedade sobre os graves problemas que podem causar a obsessão pelo peso e imagem corporal extremamente magras, acentuadas nos Estados Unidas e na Europa Ocidental nos últimos anos.
A anorexia nervosa e um problema que se manifesta como um distúrbio do comportamento alimentar. Do total de pacientes, 90 por cento são mulheres, e, é na adolescência quando aparece com maior freqüência. As pessoas com anorexia apresentam uma preocupação excessiva por não engordar, embora seu peso seja normal ou esteja muito abaixo do saudável.
A bulimia nervosa é um outro distúrbio alimentar, aonde existe um medo da gordura e um sentimento de perda de controle com relação à comida, sendo característicos os “ataques” compulsivos. Para “compensar” estes “ataques compulsivos, os pacientes podem provocar vômitos, alem de utilizar laxantes e diuréticos em excesso.
A ocorrência destes distúrbios parece estar aumentando e a faixa etária mais afetada esta entre 12 e 25 anos. As doentes que não procuram voluntariamente ajuda no inicio, podem chegar a consulta quando o processo já está instaurado. A anorexia é a terceira enfermidade com mais incidência entre as adolescentes, atrás mesmo da obesidade e, em muitos casos, precede a bulimia.


Fonte: EUROPA PRESS

A Anorexia Nervosa pode influenciar o crescimento das jovens

Grande parte das jovens que desenvolvem anorexia antes da primeira menstruação; são posteriormente incapazes de alcançar o seu crescimento total, inclusive aquelas que voltaram a um padrão de alimentação normal.
Neste trabalho foram acompanhadas 16 meninas, destas, 13 eram anoréxicas antes da puberdade,e, não alcançaram a sua estatura potencial, calculada em relação à altura dos seus pais. Em
média estas meninas ficaram 3,8 cm mais baixas do que poderiam ter sido.
As 16 meninas foram tratadas da anorexia antes de alcançarem a puberdade e acompanhadas até um ano depois desse momento, quando, os autores deste estudo calcularam que deveriam ter alcançado aproximadamente a sua estatura adulta. No final do estudo, 12 das meninas eram mais baixas que a média da sua idade, embora dez delas tenham começado a crescer quando houve uma melhor alimentação através do o tratamento.

FONTE: JOURNAL OF ADOLESCENT HEALTH



Anorerxia Masculina

"Os dados sobre distúrbios alimentares entre homens ainda são escassos, assim como a oferta de serviços especializados. Um dos poucos locais a abrir as portas para esse público, o Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulim) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP) tem atendido a uma demanda reprimida - atualmente, 30 homens passam por tratamento no local, a maioria entre 17 e 22 anos. Em 2008, o IPq atendeu 563 pacientes com transtornos alimentares: 104 do sexo masculino, o equivalente a 18% dos atendimentos. Segundo especialistas, a procura por atendimento está crescendo no País.
O Programa de Orientação e Assistência aos pacientes com Transtornos Alimentares (Proata) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) atendeu cerca de 180 pessoas no ano passado: 15 eram homens. “Uma das dificuldades é o preconceito em aceitar ser portador de uma doença conceituada erroneamente como exclusivamente feminina”, explica o psiquiatra Alexandre Pinto de Azevedo, do Ambulim. Boa parte dos que conseguem chegar ao atendimento, segundo ele, são portadores da anorexia nervosa atípica - apresentam parte dos sintomas clássicos da doença, como perda exagerada de peso, recusa em ingerir alimentos e episódios de depressão.
“Nos últimos anos vivemos uma mudança no padrão de beleza masculino, mesmo processo que aconteceu com as mulheres décadas atrás. O corpo esguio, com músculos definidos, passou a ser mais cobrado dos homens”, afirma a psiquiatra Paula Melin, do Núcleo de Transtornos Alimentares e Obesidade (Nuttra), no Rio. “Um dos inúmeros dados que mostram concretamente essa mudança é o aumento de anúncios e artigos sobre beleza e tratamentos estéticos nas revistas masculinas”, diz.
Além disso, proliferam clínicas de estética para homens, lançamentos de cremes para a pele masculina e procura por cirurgia plástica. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostram que, entre 2007 e 2008, foram realizadas mais de 55 mil cirurgias plásticas em homens - entre lipoaspiração, rinoplastia e colocação de prótese de silicone nas pernas e no peito. A psicóloga Christina Morgan, do Proata, também observa crescimento da procura masculina por tratamento. “O homem tornou-se também objeto da cultura do corpo, do descartável, da imagem”, "diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Princesa Diana, "Princesa do Povo"


Quando se casou, em 1982, com o Príncipe Charles, Diana Spencer não estava de todo preparada para a vida que lhe estava reservada. Era uma jovem tímida, romântica, com apenas 19 anos. Talvez tenham sido esses os factores que a tornaram tão vulnerável aos caprichos da imprensa. Mas depressa chegou aos corações dos ingleses, o que deixou a família real um pouco desconfortável.
Depois de ter dado à luz o seu primeiro filho, William, a “princesa do povo” caiu num estado depressivo. Tentou fugir da imprensa como podia, mas sem êxito. Diana caiu num estado depressivo que não só abalou a sua relação com a família real, como o seu próprio casamento e a relação que tinha com o seu corpo. Ela sabia que o marido mantinha um romance extra-conjugal e isso deixou-a muito debilitada. O seu estado de angústia levou-a a auto-mutilar-se nas pernas e nos braços, pois era uma forma de libertar a raiva que sentia. Mais tarde recorreu a ajuda especializada e conseguiu superar a depressão. Todavia, o seu casamento continuava a passar por uma crise e como trabalhava junto de pessoas bastante carenciadas, doentes, quando chegava a casa e procurava um porto de abrigo para a reconfortar, Diana não o encontrava, o que fez com que a sua frustração se agravasse. Foi nessa altura que começou a canalizar as suas angústias e a sua ansiedade para a comida. Abria o frigorífico e comia tudo aquilo que encontrava, justificando-se que merecia. Os seus ataques de compulsão alimentar foram cada vez mais frequentes e acabavam sempre na regurgitação dos alimentos ingeridos. Tal como na maioria dos casos, a princesa escondia o que se estava a passar com ela . esteve doente durante mais de 3 anos e conseguiu esconder porque o seu peso não variou e pela descrição que conseguiu manter.