segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Modelos "culpadas por anorexia"


A obsessão dos media com modelos magríssimas pode estar a contribuir para problemas de alimentação nas adolescentes britânicas, segundo dados da Associação Médica Britânica.
Um documento da associação divulgado nesta terça-feira faz uma relação entre imagens de "magreza fora do normal" mostrados pelos media e o aumento do número de casos de anorexia nervosa e bulimia.
É a primeira vez que a associação médica reconheceu a existência dessa relação.
A associação britânica deverá pedir medidas urgentes para reduzir a pressão a que são submetidas as raparigas para ser magras. Na mira da associação, estão os publishers, que serão avisados a ser mais responsáveis.
"Mais realismo"
Ao invés de modelos magríssimas, a associação irá pedir para que revistas de moda e comportamento mostrem "corpos mais de acordo com a realidade".
A medida pretende contribuir para a diminuição de mortes por causa de doenças associadas à magreza.
Milhares de adolescentes são afectados todos os dias por problemas de alimentação, e um número cada vez maior de raparigas são influenciadas pelas imagens mostradas nos media.
Segundo médicos britânicos, raparigas de seis, sete e oito anos de idade já têm medo de engordar e são expostas a imagens de modelos magras ainda na sua infância.
Sob ataque
As revistas femininas vêm sendo atacadas há alguns anos por promover imagens não-realistas de corpos excessivamente magros.
A editora da Vogue inglesa, Alexandra Shulman, defendeu a postura editorial da revista, apesar das conclusões da Associação Médica Britânica.
"Tudo o que fazemos é mostrar imagens de mulheres que consideramos interessantes ou bonitas. Mas não estamos a dizer que as raparigas têm de ser assim", disse a editora. O assunto também preocupa o governo britânico.
A ministra para assuntos da mulher, Tessa Jowell convocou há um mês um encontro entre o director de uma agência de modelo e um editor de revista dirigida às adolescentes.
Ela pretendeu iniciar um debate para "começar a desafiar os mitos de que o único meio de ser bonito é ser magro".

Jane Fonda diz que levou 25 anos para superar bulimia


Jane Fonda diz que levou 25 anos para superar bulimia


A actriz americana Jane Fonda, famosa por seus vídeos para fazer ginástica em casa, disse que acaba de vencer uma batalha de 25 anos contra a bulimia e a anorexia. A confissão foi feita durante um jantar de beneficiência organizado por uma entidade que lida com distúrbios alimentares - a Eating Disorders Education Network. A actriz disse que "durante 25 anos não podia colocar uma garfada de comida na boca sem sentir medo". A estrela de Barbarella e Um Lago Dourado contou que hoje está com 63 anos de idade e só nos últimos dois anos aprendeu a conviver com o problema.

domingo, 8 de novembro de 2009

Uma Ideia Pesada

Falar em peso ideal sempre foi um assunto um pouco controverso, pois implica a análise de vários factores e a verdade é que cada caso é um caso. Mas na cabeça de algumas pessoas existe quase sempre um ícone do peso e do corpo ideal. Na verdade, duas pessoas podem ter a mesma altura e o peso ideal de cada uma delas apresentar valores diferentes, pois há vários factores que se devem ter em conta, como, por exemplo, a estrutura óssea.
Outra forma de se calcular se as pessoas sofrem de excesso de peso é através do IMC (índice de massa corporal), cuja formula é:

Peso (kg)
IMC= _______________________
Altura (m) x Altura (m)

Nas mulheres, se o valor apresentado for inferior a 19, considera-se que a pessoa em questão está mais magra do que devia. O peso mais desejável situa-se entre os 19 e os 24,9. A partir deste ultimo valor já se considera que a mulher tem excesso de massa gorda e que corre o risco de se tornar obesa.
Uma mulher que apresente um índice de massa corporal superior aos 29 já sofre de obesidade moderada e a partir dos 39 valores atingiu a obesidade mórbida, correndo gravíssimos riscos de saúde.
No caso dos homens, se o índice de massa corporal for inferior a 20 significa que está magro de mais. O valor normal situa-se entre os 20 e os 24,9. Já é considerado obeso se o seu IMC apresentar valores superiores a 25. Acima de 30, a obesidade é moderada e deve ser tratada rapidamente. Os homens que sofrem de obesidade mórbida apresentam valores de IMC superiores a 40.

IMC MULHER HOMEM
Abaixo do Peso <19 <20
Normal 19 – 23,9 20 – 24,9
Obesidade Leve 24 – 28,9 25 – 29,9
Obesidade Moderada 29 – 38,9 30 – 39,9
Obesidade Mórbida >39 >40

sábado, 31 de outubro de 2009

Bulimia Nervosa

Ao contrário da anorexia nervosa, a bulimia consiste na ingestão compulsiva de alimentos calóricos em grandes quantidades num curto período de tempo, sem que o apetite seja saciado. Essa compulsão normalmente provoca uma sensação de mau estar, acompanhada de taquicardias, e de um enorme sentimento de culpa que só é aliviado com o vómito. Normalmente as pessoas que sofrem de bulimia impõem a si mesmas um regime alimentar muito rígido ao longo do dia até terem uma crise de gula que posteriormente leva à indução do vómito. O paciente bulimico pode chegar a ingerir por dia 50 mil calorias, um valor excessivo, muito superior ao que é recomendado pelos nutricionistas.
A bulimia é a doença da negação. Quando temos um primeiro contacto com ela e quando esse acto se começa a tornar um hábito, a tendência é para continuarmos a negar a doença, a rejeitá-la. A bulimia é uma doença que requer discrição. As pessoas que sofrem desse distúrbio alimentar têm pânico de serem descobertas, têm vergonha dos seus actos e, por isso, perante os outros, esforçam-se por ter comportamentos considerados normais.
A doença divide-se em dois tipos: o purgativo e o não purgativo. O primeiro caracteriza-se pelo paciente praticar a auto-indução do vómito e do uso de laxantes e diuréticos. O segundo verifica-se quando o paciente pratica jejuns prolongados e exercício físico excessivo sem recorrer à auto-indução de vómito e ao uso de laxantes ou de diuréticos, de forma a compensar o seu ataque de gula.
Nas doentes bulimicas não se regista uma perda significativa de peso. Há antes uma variação de peso.


SINAIS

• Baixa auto-estima e insegurança
• Desprezo e rejeição pelo corpo
• Perfeccionismo
• Obsessão por dietas
• Não assumir a fome
• Exercício excessivo
• Variações de humor
• Isolamento recorrência a laxantes
• Imposição de um rígido regime alimentar
• Glândulas parótidas inchadas
• Ausência a seguir às refeições (com idas à casa de banho)


CONSEQUÊNCIAS

• Variação de peso
• Inflamação das glândulas parótidas
• Danificação no esmalte dos dentes
• Derrames nos olhos devido ao esforço do vómito provocado
• Vomitar sangue
• Descolamento do esófago
• Palpitações e taquicardias
• Obstipação
• Distúrbios renais
• Auto-mutilação
• Morte (muitas vezes provocada pelo suicídio)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Anorexia Nervosa

Ultimamente têm aparecido nas notícias vários casos de distúrbios alimentares com consequências fatais. Na época em que tomei contacto com a doença, não me apercebi da gravidade do problema. Procurei saber mais pormenores sobre as doenças que atacam tantas pessoas no mundo – os distúrbios alimentares. Pode parecer incrível mas muitas vezes o seu comportamento não corresponde exactamente aos padrões de pessoas anorécticas, bulimicas e aos quadros de ingestão compulsiva. O que acontece frequentemente é passarem por várias fases, que podem englobar comportamentos de todas as doenças de carácter alimentar.
É importante dizer que os distúrbios alimentares são doenças psiquiátricas que podem ser originadas por diversas causas – biológicas, familiares, psicológicas e socioculturais – e que se caracterizam por desenvolverem uma mudança substancial no comportamento alimentar.
A dieta, ou a tentativa de a cumprir, muitas vezes não é o ponto de partida para o desenvolvimento do problema mas, no entanto, é um requisito fundamental para quem sofre de distúrbios alimentares.
Segundo alguns especialistas, desde o século XIII que existem registos de pessoas que sofriam de anorexia nervosa. As mulheres jejuavam por motivos religiosos e não para evitarem engordar.
Hoje a anorexia nervosa está directamente associada à ausência de refeições ou à recusa de ingerir uma grande parte de alimentos, nomeadamente hidratos de carbono, com o objectivo de perder o máximo de peso. As vitimas de anorexia nervosa, quando se olham ao espelho, têm uma imagem distorcida do seu corpo. Por mais magras que sejam continuam a ver-se gordas. Portanto, existe de facto uma distorção da sua imagem real.
Esta doença no seu estado mais avançado pode conduzir à morte, geralmente por insuficiência cardíaca ou por distúrbios renais, provocados pela ausência de nutrientes e minerais essenciais ao funcionamento do organismo.
A anorexia nervosa começou por estar ligadas a pessoas jovens, do sexo feminino, mas hoje em dia está provado que esta doença afecta pessoas de ambos os sexos, entre os 12 e os 40 anos. Convém estarmos atentos aos sinais de alerta e perceber as consequências que esta doença provoca nas pessoas que atinge.





SINAIS

• Distorção da imagem real do corpo
• Baixa auto-estima, insegurança e sentimento de inferioridade
• Perfeccionismo
• Recusa de manter um peso saudável
• Obsessão em perder peso
• Restrição alimentar severa
• Perda de apetite
• Demora e comer as refeições e brincar com a comida
• Isolamento ou hiperactividade
• Ausência de vida social
• Depressão
• Exercício físico excessivo
• Recorrência a laxantes e diuréticos



CONSEQUÊNCIAS

• Perda de peso significativa
• Falta de concentração
• Pele desidratada
• Mãos frias
• Presença de uma penugem que cobre a pele
• Cabelos fracos, secos e baços
• Obstipação e distenção abdominal
• Palpitações e taquicardias ou bradicardias
• Hipotensão, tonturas e desmaios
• Cansaço, sonolência
• Edemas nos tornozelos
• Anemia
• Osteoporose
• Ausência de menstruação
• Morte (devido às arritmias cardíacas por falta de potássio ou devido a complicações renais)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Olá!

Todos nós comemos, não só porque necessitamos de o fazer, como também porque nos dá prazer. No entanto, como em qualquer comportamento humano, o modo de nos alimentarmos varia de pessoa para pessoa. Algumas pessoas comem mais, outras menos; algumas engordam com facilidade, outras não. Mas algumas pessoas chegam ao extremo de se magoarem a si mesmas, comendo em excesso ou restringindo a sua alimentação de uma forma abusiva. Nestes casos, podemos falar, respectivamente, de bulimia nervosa e anorexia nervosa.

As mulheres sofrem mais destas perturbações do que os homens, no entanto, todos estão convidados a visitar o blog e procurar ajuda se acharem conveniente.