sábado, 31 de outubro de 2009

Bulimia Nervosa

Ao contrário da anorexia nervosa, a bulimia consiste na ingestão compulsiva de alimentos calóricos em grandes quantidades num curto período de tempo, sem que o apetite seja saciado. Essa compulsão normalmente provoca uma sensação de mau estar, acompanhada de taquicardias, e de um enorme sentimento de culpa que só é aliviado com o vómito. Normalmente as pessoas que sofrem de bulimia impõem a si mesmas um regime alimentar muito rígido ao longo do dia até terem uma crise de gula que posteriormente leva à indução do vómito. O paciente bulimico pode chegar a ingerir por dia 50 mil calorias, um valor excessivo, muito superior ao que é recomendado pelos nutricionistas.
A bulimia é a doença da negação. Quando temos um primeiro contacto com ela e quando esse acto se começa a tornar um hábito, a tendência é para continuarmos a negar a doença, a rejeitá-la. A bulimia é uma doença que requer discrição. As pessoas que sofrem desse distúrbio alimentar têm pânico de serem descobertas, têm vergonha dos seus actos e, por isso, perante os outros, esforçam-se por ter comportamentos considerados normais.
A doença divide-se em dois tipos: o purgativo e o não purgativo. O primeiro caracteriza-se pelo paciente praticar a auto-indução do vómito e do uso de laxantes e diuréticos. O segundo verifica-se quando o paciente pratica jejuns prolongados e exercício físico excessivo sem recorrer à auto-indução de vómito e ao uso de laxantes ou de diuréticos, de forma a compensar o seu ataque de gula.
Nas doentes bulimicas não se regista uma perda significativa de peso. Há antes uma variação de peso.


SINAIS

• Baixa auto-estima e insegurança
• Desprezo e rejeição pelo corpo
• Perfeccionismo
• Obsessão por dietas
• Não assumir a fome
• Exercício excessivo
• Variações de humor
• Isolamento recorrência a laxantes
• Imposição de um rígido regime alimentar
• Glândulas parótidas inchadas
• Ausência a seguir às refeições (com idas à casa de banho)


CONSEQUÊNCIAS

• Variação de peso
• Inflamação das glândulas parótidas
• Danificação no esmalte dos dentes
• Derrames nos olhos devido ao esforço do vómito provocado
• Vomitar sangue
• Descolamento do esófago
• Palpitações e taquicardias
• Obstipação
• Distúrbios renais
• Auto-mutilação
• Morte (muitas vezes provocada pelo suicídio)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Anorexia Nervosa

Ultimamente têm aparecido nas notícias vários casos de distúrbios alimentares com consequências fatais. Na época em que tomei contacto com a doença, não me apercebi da gravidade do problema. Procurei saber mais pormenores sobre as doenças que atacam tantas pessoas no mundo – os distúrbios alimentares. Pode parecer incrível mas muitas vezes o seu comportamento não corresponde exactamente aos padrões de pessoas anorécticas, bulimicas e aos quadros de ingestão compulsiva. O que acontece frequentemente é passarem por várias fases, que podem englobar comportamentos de todas as doenças de carácter alimentar.
É importante dizer que os distúrbios alimentares são doenças psiquiátricas que podem ser originadas por diversas causas – biológicas, familiares, psicológicas e socioculturais – e que se caracterizam por desenvolverem uma mudança substancial no comportamento alimentar.
A dieta, ou a tentativa de a cumprir, muitas vezes não é o ponto de partida para o desenvolvimento do problema mas, no entanto, é um requisito fundamental para quem sofre de distúrbios alimentares.
Segundo alguns especialistas, desde o século XIII que existem registos de pessoas que sofriam de anorexia nervosa. As mulheres jejuavam por motivos religiosos e não para evitarem engordar.
Hoje a anorexia nervosa está directamente associada à ausência de refeições ou à recusa de ingerir uma grande parte de alimentos, nomeadamente hidratos de carbono, com o objectivo de perder o máximo de peso. As vitimas de anorexia nervosa, quando se olham ao espelho, têm uma imagem distorcida do seu corpo. Por mais magras que sejam continuam a ver-se gordas. Portanto, existe de facto uma distorção da sua imagem real.
Esta doença no seu estado mais avançado pode conduzir à morte, geralmente por insuficiência cardíaca ou por distúrbios renais, provocados pela ausência de nutrientes e minerais essenciais ao funcionamento do organismo.
A anorexia nervosa começou por estar ligadas a pessoas jovens, do sexo feminino, mas hoje em dia está provado que esta doença afecta pessoas de ambos os sexos, entre os 12 e os 40 anos. Convém estarmos atentos aos sinais de alerta e perceber as consequências que esta doença provoca nas pessoas que atinge.





SINAIS

• Distorção da imagem real do corpo
• Baixa auto-estima, insegurança e sentimento de inferioridade
• Perfeccionismo
• Recusa de manter um peso saudável
• Obsessão em perder peso
• Restrição alimentar severa
• Perda de apetite
• Demora e comer as refeições e brincar com a comida
• Isolamento ou hiperactividade
• Ausência de vida social
• Depressão
• Exercício físico excessivo
• Recorrência a laxantes e diuréticos



CONSEQUÊNCIAS

• Perda de peso significativa
• Falta de concentração
• Pele desidratada
• Mãos frias
• Presença de uma penugem que cobre a pele
• Cabelos fracos, secos e baços
• Obstipação e distenção abdominal
• Palpitações e taquicardias ou bradicardias
• Hipotensão, tonturas e desmaios
• Cansaço, sonolência
• Edemas nos tornozelos
• Anemia
• Osteoporose
• Ausência de menstruação
• Morte (devido às arritmias cardíacas por falta de potássio ou devido a complicações renais)